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RCM SIMPLIFICADO: Uma Perspectiva Crítica - Parte 2

Kleber Siqueira

A Manutenção Centrada em Confiabilidade (RCM) desempenha um papel fundamental no suporte a sistemas de gerenciamento de ativos, conforme descrito pela ISO 55000. Ao alinhar a confiabilidade de ativos industriais com objetivos corporativos de curto e longo prazo, a RCM conecta diretamente o desempenho dos ativos à cadeia de valor do negócio principal, protegendo funções industriais críticas que geram receita.


Apesar dessas vantagens claras, muitas organizações ainda enfrentam desafios devido a lacunas organizacionais, que discuti em postagens anteriores. Esses desafios geralmente levam a tentativas de reduzir o tempo e os recursos necessários para um processo completo de RCM, resultando no que é conhecido como RCM "simplificado". No entanto, é importante observar que nenhuma metodologia RCM simplificada está em conformidade com os padrões SAE RCM. Além disso, a RCM não se trata apenas de criar planos de manutenção — trata-se de desenvolver estratégias abrangentes de confiabilidade que vão muito além da manutenção tradicional.


Na minha postagem anterior, abordei as Abordagens Retroativas. Nessa postagem, vou me aprofundar nas Abordagens de Análise Genérica.


Abordagens de Análise Genérica


Esta abordagem envolve aplicar a análise realizada em um sistema a outros sistemas tecnicamente idênticos. Embora isso possa parecer eficiente, deve ser abordado com extrema cautela devido aos seguintes motivos:


Diferentes contextos operacionais: Mesmo sistemas tecnicamente idênticos podem exigir programas de manutenção muito diferentes se operarem em contextos diferentes.


Manutenção "tamanho único": As análises genéricas geralmente dependem de uma abordagem uniforme para tarefas de manutenção, reduzindo significativamente a probabilidade de aceitação pelos responsáveis ​​pela execução das tarefas.


Para que esta abordagem seja viável, é crucial garantir que o contexto operacional, funções, padrões de desempenho, modos de falha, consequências de falha e as habilidades dos operadores e mantenedores sejam todos efetivamente idênticos antes de aplicar uma política de manutenção de um ativo para outro.


Infelizmente, o pensamento RCM "simplificado" geralmente pressupõe que estratégias de confiabilidade idênticas (ou seja, genéricas) podem ser aplicadas em todos os sistemas. Um erro comum é usar tarefas genéricas sugeridas por fabricantes de componentes sem considerar o contexto operacional. Por exemplo, usar um sistema redundante projetado como um standby em uma função de serviço pode aumentar os custos operacionais (OPEX) e reduzir a confiabilidade pretendida da função redundante. Negligenciar funções-chave em tais cenários pode até resultar em consequências catastróficas.


Vale a pena repetir que as funções e os padrões de desempenho de um ativo são definidos durante a fase de engenharia de seu ciclo de vida. Se o contexto operacional atual exigir modificações, o curso de ação apropriado geralmente é um redesenho, não apenas ajustar as tarefas de manutenção. Deixar de reconhecer isso pode levar a eventos indesejáveis ​​que ameaçam a segurança, o meio ambiente, a qualidade e a produção.


No meu próximo post, discutirei o uso de listas genéricas de modos de falha.


Obrigado por compartilhar seus pensamentos e comentários!


 
Kleber Siqueira | NAVITAS Consulting

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